Prestes a perder o mandato, deputado federal Glauber Braga realiza caravana em João Pessoa e demais capitais do Nordeste

Deputado federal do Rio de Janeiro, que corre risco de cassação, aponta perseguição e chega nas cidades em caravanas até o dia 26 de junho. 

O deputado federal pelo Rio de Janeiro, Glauber Braga (PSOL), segue com a “Caravana Nacional Glauber Fica!” e chega a João Pessoa, nesta segunda-feira (19).  O ato político em João Pessoa está marcado para às 16h, na Praça da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e contará com a presença de parlamentares, lideranças de movimentos sociais e militantes de esquerda como Psol, PT e demais partidos. Haverá um debate no mini-plenário do auditório da Assembleia, às 16h.

A mobilização já passou por oito capitais e denuncia o processo de cassação do mandato de parlamentar, após a Comissão de Cidadania e Justiça (CJJ) da Câmara dos Deputados rejeitar seu recurso. o processo de cassação deve ir à plenário no começo de julho e, até lá, ele deve percorrer os 26 estados e terminar com uma caminhada do Rio de Janeiro à Brasília.

O processo de quebra de decoro parlamentar foi feito pelo partido Novo, após Braga expulsar, com empurrões e pontapés, Gabriel Costanaro, um militante do Movimento Brasil Libre (MBL), de uma sessão na Câmara dos Deputados, em abril de 2024. O parlamentar afirma que Costanaro o perseguia constantemente, tentando intimidá-lo em suas prestações de contas rotineiras do mandato realizadas na região da Candelária, no Rio de Janeiro. Naquele dia na Câmara, segundo Glauber, o militante do MBL teria proferido ofensas a ele e à sua mãe, que enfrentava um câncer na ocasião e acabou falecendo no mês seguinte.

O socialista, que possui uma carreira de décadas na política brasileira, segue percorrendo os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Nas últimas semanas, Glauber e sua comitiva já passaram por Curitiba, Belo Horizonte, Vitória, Salvador, Aracajú, Teresina.

Além da caravana, Glauber fez uma greve de fome dentro da Câmara Federal que durou nove dias e gerou repercussão dentro e fora do Congresso e só foi encerrada após um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) para não levar o caso em votação no plenário antes de dois meses, para dar tempo de Braga se defender. O parlamentar corre contra o tempo para tentar articular uma alternativa, na qual Glauber possa receber uma punição mais leve. A cassação precisa de 257 votos favoráveis dos 513 deputados federais.



Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.