Justiça
Chefe do Comando Vermelho na Paraíba é preso no Rio de Janeiro; homem é acusado de ordenar ataque a ônibus no Padre Zé
O chefe do Comando Vermelho na Paraíba foi preso durante uma operação policial no Rio de Janeiro.
O chefe do Comando Vermelho na Paraíba foi preso durante uma operação policial no Rio de Janeiro. Ação policial foi realizada nesta terça-feira (21) e contou com agentes da Polícia Civil da Paraíba. O homem é acusado de ordenar o ataque ao ônibus do Padre Zé, onde o motorista morreu.
o homem é acusado pela polícia de liderar a facção criminosos Comando Vermelho no território paraibano. O acusados após cometer o crime fugiu para o Rio de Janeiro, Estado de origem da facção que integra.
De acordo com as investigações das duas polícias apontam que ele é ‘Nº 1’ na Paraíba da facção carioca, mais especificamente instalada no município de Bayeux e com pretensas ramificações para expansão de territórios. Monitorado pelas polícias civis, o traficante foi capturado no Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro. O criminoso tem 34 anos de idade.
Ele é responsável por determinar roubos, homicídios e ataques terroristas na Paraíba, além de liderar o tráfico de drogas. Entre as ordens emitidas pelo investigado está o caso do ônibus incendiado no bairro do Padre Zé, em João Pessoa, em julho de 2023.
Os relatórios de investigação revelam que, em 2023, o grupo criminoso que predomina no Rio conseguiu cooptar alguns integrantes de uma facção na Paraíba. Esses novos membros foram, então, levados para favelas do RJ, onde montaram uma espécie de ‘escritório do crime’ para transmitir ordens aos traficantes paraibanos.
“Trata-se de uma prisão muito impactante para o crime organizado na Paraíba, certamente a captura de maior expressão nos últimos anos, tendo em vista a relação que esse criminoso estava construindo, pessoalmente, no Rio de Janeiro”, destacou o delegado Diego Beltrão, da DRACO, que está com sua equipe no RJ.
Ataque ao ônibus
Na noite do dia 17 de julho dois homens armados invadiram o coletivo que faz a a linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro. Na ação, eles obrigaram o motorista e cinco passageiros a permanecerem no ônibus, atiraram garrafas com combustível e atearam fogo. A PM foi acionada e resgatou as três vítimas, que foram levadas para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. As outras duas pessoas que estavam no ônibus conseguiram fugir antes que as chamas consumissem o veículo.
Entre os feridos estava uma passageira de 27 anos e um passageiro de 30 anos com ferimentos leves que tiveram alta do hospital ainda na madrugada do dia 18 de julho.O motorista do ônibus fazia a rota na linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro, há 5 anos. Conhecido como Silvano da Silva e vinculado ao consórcio Unitrans, o homem teve 54% de seu corpo queimado no ataque ao coletivo. Segundo o Hospital de Trauma, ele teve queimaduras no rosto, braços e tórax. Silvano morreu no Trauma dias depois.
Com informações da Polícia Civil
